Não consigo lembrar-me do que vi primeiro. Tu ou o meu amor por ti.
Sinto como se tivesse sido uma coisa só. Tu eras o meu próprio amor.
Vi-te e me vi ao mesmo tempo. Cumprimentei-te e gaguejei.
Acho que teu perfume invadiu-me de imediato. Desde então nunca mais respirei sossegado.
O vírus do amor crônico, daqueles que nunca nos abandonam, tornou-me escravo e me libertou daquilo que alguém definiu como vida, mas na verdade era nada, até aquele preciso momento.
De repente toda a forma de arte me espelhava.
Compreendi o significado do mundo e suas forças.
Foste o meu despertar e meu eterno sonho.
A minha evolução como pessoa começara naquele instante.
Nunca viria a ter-te.
Mas também nunca viria a perder-te.
Nem mesmo a mim.
quinta-feira, junho 28, 2007
Big Bang
domingo, junho 10, 2007
Saudades Nº1
Tenho um altar dentro de mim
onde, dentro de uma linda caixa de cristal penetrável e transparente,
guardo o coração que já foi teu.
Lúcido, vibrante, enérgico,
ele bate infinitamente com amor e viscosidade.
Sinto saudades do que éramos quando estávamos juntos,
mas não sinto de ti como és agora.
O ontem já foi perdido e é no hoje que te tenho.
Foste o elo mais forte que alguma vez conheci,
terminou porque tinha que terminar,
já desenterrei tudo que podia para poder ir beber desse amor quando necessitar.
onde, dentro de uma linda caixa de cristal penetrável e transparente,
guardo o coração que já foi teu.
Lúcido, vibrante, enérgico,
ele bate infinitamente com amor e viscosidade.
Sinto saudades do que éramos quando estávamos juntos,
mas não sinto de ti como és agora.
O ontem já foi perdido e é no hoje que te tenho.
Foste o elo mais forte que alguma vez conheci,
terminou porque tinha que terminar,
já desenterrei tudo que podia para poder ir beber desse amor quando necessitar.
sábado, junho 09, 2007
O mais profundo espelho
Há vários reflexos de mim no espelho
Nenhum que me sirva por completo,
mas cada um, um ser a parte.
O maior conflito é não poder ser todos
e sentir a dor de sufocar alguns de mim.
Porque estes precisam ser inteiros, espaçosos, completos,
e estes não podem ser eu.
Eu quero ser os que compartilham, os que dão a vez ao outro,
o que cansa e passa a vez, de vez em quando.
Quero ser aqueles que são múltiplos e convexos,
aqueles que confundem qualquer tipo de identificação.
Os definidos e egoístas, embora fortes, devem ser removidos de mim,
pois seriam o meu fim.
É essa a minha luta.
Nenhum que me sirva por completo,
mas cada um, um ser a parte.
O maior conflito é não poder ser todos
e sentir a dor de sufocar alguns de mim.
Porque estes precisam ser inteiros, espaçosos, completos,
e estes não podem ser eu.
Eu quero ser os que compartilham, os que dão a vez ao outro,
o que cansa e passa a vez, de vez em quando.
Quero ser aqueles que são múltiplos e convexos,
aqueles que confundem qualquer tipo de identificação.
Os definidos e egoístas, embora fortes, devem ser removidos de mim,
pois seriam o meu fim.
É essa a minha luta.
segunda-feira, junho 04, 2007
faith additional lyrics
Introdução
Vieste de boa vontade e eu não tinha nada para mostrar
Eu chamei e vieste
e eu me travesti de mim mesmo
Vesti todas as roupas de meu armário, velhas e puídas
Sorri como eu lembrava que eu sorria
Fingi que faiscava ao falar do meu passado,
mas já o vivi demais, já o gastei demais.
Não havia nada em mim,
nem vontade nem paralisia,
nem temor nem charme
nem conquista nem fuga.
Mesmo assim quiseste a verdade,
minhas aflições já gastas e indecisas,
meus suspiros constantes,
minha sujeira acumulada.
E eu dei-te tudo que pediste,
assim como vieste,
eu disse.
E assim foste embora,
e eu fiquei.
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