terça-feira, outubro 31, 2006

Alma em alerta

Não me pergunto e não noto
Mas deixei de ser
deixei de inquietar-me
deixei de me saciar
Tenho câimbras na alma
e dormência na memória
Mas é tudo um alerta,
tudo reversível.
Não consigo provocar nada além da calmaria.
Mesmo a pedra que atiro não inquieta
Mesmo o meu grito não acorda,
Até o meu choro passa
Meu sonho é voltar a ser carrinho de rolimâ descendo lomba,
a ser onda agitada,
a ser redemoínho.
Meu sonho é voltar a viver o que hoje só sonho.

CC

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